domingo, 25 de novembro de 2012

641 - Soneto na rede

Daqui não saio, daqui ninguém me tira!


Penso eu deitado esparramado
Numa rede. Melhor ideia de paz?
Se houver será que ela é assaz
Competente de pôr revigorado?

Se for, que me mostre o riscado
Sua vantagem e se ele é capaz
Dessa paz. Convença que apraz
Como essa rede comigo deitado.

Me apraz. Mas creio improvável.
Uma rede, nada é mais agradável
Nem exprime melhor tranquilidade.

Só falta uma morena e a perfeição
Se desenhava. Mas até na solidão
A rede é companhia de verdade.

Francisco Libânio,
25/11/12, 6:41 PM

Nenhum comentário: