sexta-feira, 16 de novembro de 2012

614 - Soneto réprobo

Realmente, que tesouro!


Se eu disser assim, abertamente,
Ao topar uma mulher fenomenal,
Que adoraria lhe fazer sexo oral
E escutarem, terão por indecente

O poeta e sua vontade premente
Será reprovada e tida por imoral.
A referida mulher joga com a tal
Arte feminina de fim envolvente

E, pelo olhar, vejo que discorda
Da opinião reprovadora da horda
Que me condena e me apedreja.

Ela me acode e diz que sua vida
É conta dela e me faz a investida:
Há algo dela que quer que eu veja.

Francisco Libânio,
16/11/12, 7:55 PM

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