quarta-feira, 7 de novembro de 2012

587 - Soneto prolixo

O que der na telha vai...


Soneto além do alexandrino em sílabas, vinte,
Trinta, quarenta sílabas, pensou, que extenso?
Maior o verso do soneto, mais eu compenso
Em ideias. Quebra a métrica e fica o requinte,

E daí? Não metrifico meus sonetos. O acinte
Quanto à forma nem é grave e nem é denso
O problema. O verso é assim, está propenso
A ser maior ou menor que o verso seguinte.

Meu soneto, vezes, é prolixo, é desmtrificado
Mas consigo por nele tudo o que é planejado
E se a academia não gosta ou o desaprova,

Que se foda redonda a opinião da academia!
Meu além-alexandrino e o que nunca se enfia
Em métrica, vai que vira um dia moda nova.

Francisco Libânio,
07/11/12, 7:36 PM

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