domingo, 18 de novembro de 2012

619 - Soneto intimista

Quando acabar aqui, ninguém me segura!


Na tranquilidade do meu quarto,
Escrevo um soneto em total paz,
Enquanto o escrevo e ele me faz
Ocupado e um tanto menos farto.

De tudo, escrevendo, me aparto.
O nascedouro soneto muito traz
O que quero, concentração, gás
Ainda que isso pareça um parto.

Ideia, palavra certa pra fazer rima
E quando o fim dele se aproxima,
Dispenso a sisudez e descontrair

É ordem óbvia. Deixar a seriedade
E putear malicioso nessa intimidade
São coisas que não posso proibir.

Francisco Libânio,
18/11/12, 6:07 PM

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