terça-feira, 30 de outubro de 2012

562 - Soneto sacrílego

Não é decassílabo, mas é soneto, tá, Camões?


Ao sonetear sem métrica me vejo,
Às vezes, pecando contra a regra
Prima do soneto. Será que integra
O galardão dos poetas que invejo?

Meu soneto tem esse bom desejo
De ser reconhecido, mas se alegra
Também em compor a lista negra
Dos alternativos. Seja por gracejo,

O soneto foge das conveniências,
Seja por culpa, cobra excelências
E continua lá seguindo o seu trilho,

Meu soneto se orgulha do peculiar,
Mas terminado e sem se metrificar
Ele me pede para ajoelhar no milho.

Francisco Libânio,
30/10/12, 7:47 PM

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