segunda-feira, 8 de outubro de 2012

496 - Soneto enroscado

Quase isso...


Ao me deitar na cama, eu a induzo
Ao mais absoluto e repleto abraço.
Tomo-a fácil e só minha pelo braço
E ela nem reclama de certo abuso,

Em retribuição, ela me pega efuso,
A hora é propícia para um amasso,
E, abraçado por ela, eu me desfaço
Estou pronto para exclusivo uso!

Enrolamo-nos em total confusão,
Não nos discerne em dois a visão.
Mais misturados, mais ela aperta!

Queria que ela fosse uma pequena,
Linda, gostosa, amorosa, morena,
Mas ela é apenas a minha coberta.

Francisco Libânio,
08/10/12, 8:53 AM

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