sábado, 13 de outubro de 2012

513 - Soneto do soneto natural

Não há letras que descrevam essa beleza.


Descreve a natureza e a perfeição
Característica. Deita-te à margem
De um rio, embriaga-te de aragem
E te farta da mais natural audição.

Teu soneto não terá a coloração
Das flores ou trará da paisagem
O deslumbre e sequer a imagem
Que colocarás em tua descrição.

E daí? A natureza é indescritível
E a qualquer língua é impossível
Equiparar a imagem e a escrita

Aquele que quiser ver a natureza,
Senti-la e apreciar toda a beleza,
Faça, pois ler a natureza a limita.

Francisco Libânio,
13/10/12, 2:22 PM

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