sábado, 6 de outubro de 2012

493 - Soneto de nobreza

Ainda não dá dinheiro, mas eu me divirto escrevendo


Eu falo que poesia e negócio
São duas coisas imisturáveis
E quem não tem por confiáveis
Minhas palavras chama ócio

O que tomo como sacerdócio
E criticam. Dizem descartáveis
Meus versos ou tolos, inviáveis,
Superficiais talhados no rócio

E na incapacidade de escrever
Melhor que eu ou até de fazer
Dinheiro jorrar em seus ofícios.

O melhor é criticar o aprendiz
De poeta aqui a versejar feliz
Descarregado desses vícios.

Francisco Libânio,
06/10/12, 3:15 PM

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