quarta-feira, 24 de outubro de 2012

544 - Soneto pervertido

Muitas adoram se sentir desejadas...

Olhou com tamanha devassidão,
Bem mais do que pede a cautela,
E a ruborizou. Fez com que ela.
Sem pudores, mas com retidão,

Mandasse-o se mancar. O olhão,
Que o usasse com uma cadela,
Que a quisesse a ponto de tê-la
Num ménage com outro cão!

Ele se desculpou pelo mau jeito,
Ela com seu busto tão perfeito
E pernas deliciosas e sensuais

Silenciou. Ele fitou o ambiente
Até ouvir a pergunta indulgente:
Não vai me olhar nunca mais?

Francisco Libânio,
24/10/12, 12:17 PM

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