sexta-feira, 12 de outubro de 2012

509 - Soneto do soneto formoso

E descrevo o muso dos meus sonhos


“Permiti, ó Musas, que eu cante
Em soneto a grã beleza feminina
Fazendo a ela a lira diamantina
A fazer em seu leito seu amante.”

Aí, a mulher, que toca adiante
O afã de escrever que germina,
Invoca pela beleza masculina
A inspiração igual tonitruante

A descrever bem o seu amado,
O poeta que vê tudo ao lado
Estranha. Muso a louvar macho?

A poeta (poetisa é machista!)
Toma-o mais como onanista
Que poeta e lhe acaba o facho.

Francisco Libânio,
12/10/12, 12:43 PM

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