terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Propriedade do alheio


extraído de http://www.adorocinemabrasileiro.com.br/filmes/mulher-de-todos/mulher-de-todos05.jpg

Não és, senão pelo teu próprio pecado,
Feita para que te dêem nome e companheiro
Já que nome te dão os piores primeiro
Nem te dás por feliz com quem tens ao lado

És forjada pelo mais nobre ferreiro
E esculpidas tuas formas pelo afamado
Cinzel do ourives, mas este corpo foi dado
Para o cuidado libertino e prazenteiro

De quem nunca te quis boa e castiça
E eu, que te amei, ontem, hoje e amanhã
Serei passado e tu não saberás quem

Será teu amor. Faça-se tua estranha justiça.
Eu te quis e te tive, mas vai e segue teu afã
De ser propriedade do alheio e de ninguém

Francisco Libânio
16/02/09
6:00 PM

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