quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Os pobres



Vagam pelas ruas. Baldios, distantes...
Têm a pecha da feiúra a impingir a beleza,
Sobram-lhes restos, o dó e a dura vileza
De serem da civilização dissonantes,

Mas nem imaginam serem eles os restantes
Farelos humanos do banquete da riqueza.
A fome e a urgência roubam com destreza
Seus sonhos e consciência. São bastantes,

São de várias origens e têm vários matizes
A colorir o negro de suas vidas infelizes
E com uma esperancinha já agonizante

Pedem melhoras nesta ou noutra vida.
Ah, os pobres... Cria que põe estarrecida
A por ela enojada elite dominante.

Francisco Libânio
18/02/09
9:48 AM

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