sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

07 - Para uma única, simples e solitária flor


extraído de http://www.sph.umich.edu/apihealth/images/White%20flower.jpg


Para uma única, simples e solitária flor
Que escreveria eu, poeta que vê belezas
Não numa única flor, mas em algo maior?
Como jardins polifloridos onde as altezas

Dos poetas imaginam idílios e princesas
A amá-las ou a me amar. Oh, egoísmo mor!
Mas, volto-me à flor e suas miudezas
Para, num instante, observar atento sua cor.

Um branco! Uma alvura que, de tão intocada,
Desconhece qualquer outra cor que exista,
Talvez nem faça idéia do que seja um jardim.

Eis que esqueço a princesa por mim não amada.
De súbito, esta casta flor me conquista
E lhe escrevo algo do qual não quero o fim.

Francisco Libânio
11/02/09
12:32 AM

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