quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

01 - Se de amores eu morrer, oh meu leitor,


Se de amores eu morrer, oh meu leitor,
Reza por mim um Pai Nosso e ao anjo da vez
Pede um lugar no Paraíso ao poeta que fez
Sua obra prima pautando no maior amor.

Quem é ela? Oh, meu caro, será que não vês?
Nomes e descrições podem dar a ela forma, cor,
Impressões e um título, mas não lhe dará o melhor:
O meu querer sincero e o meu amor cortês

(Melhor, pois, que nada se saiba sobre ela),
Mas tudo bem, fiz-te um pedido hipotético
Para quando algo indesejado vir a acontecer,

Pois morrer de amores não há de apetecer
Meu peito amante, mas inabalável e cético
Em achar em tal atitude alguma intenção bela.

Francisco Libânio
05/02/09
3:53 PM

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