quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Navegar impreciso


Édipo expõe o enigma da Esfinge, de Jean Auguste Dominique Ingres
extraído de

E de repente, olhas à frente. Teu futuro
Está lá e te encara qual esfinge e te desafia
A decifrá-lo ou te devora. Estás inseguro
E fitas assustado a sanha com que ele afia

As garras certo de que serás tu o mais puro,
Refinado e saboroso prato, o que lhe sacia
Até a alma, mas eis que vem do escuro
Das olvidadas coisas tuas o que te alivia.

Vences teu futuro de agora já um presente,
Logo um passado, mas outro mais faminto
Espera-te em êxtase sem igual em seguida.

E contra futuros feras o homem vai em frente,
Mas sem o perigo deles ou o sossego distinto
Valeria menos navegar e seria preciso a vida?

Francisco Libânio
04/01/09
12:21 AM

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