terça-feira, 12 de maio de 2015

1869 - Soneto arbóreo

Uma árvore plantada na cidade,
Purifica o ar nela já tão poluído,
Mas fica num espaço diminuído
E longe do habitat que, verdade,

Parece poste sem eletricidade,
Um naco de floresta já perdido,
Mas se sua copa já tiver florido
E a sombra tiver a tranquilidade

Dos arcádicos tempos de outrora,
Deixa ser poste escuro. Vambora!
Se ela estiver perdida aqui se asila.

A árvore na cidade, prima distante
Das nativas, fica. Daqui em diante
Nada tira essa sombra tão tranquila.

Francisco Libânio,
06/05/15, 1:19 PM

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