sábado, 27 de março de 2010

Onze horas


São onze horas da noite. Para o poeta, que não consegue – igual a Vinicius – viver como poeta, a noite está se encerrando, a cama espera embora as ideias até começam a pulular (essa mania de escrever sempre quando o sono chega...). Queria ser como os outros que veem a lua da noite a anunciar, no escuro, um novo dia como se fosse o Sol. Mas já são onze horas, o Sol está longe e a lua crescente, que inspira os poetas e suas amadas, é um gancho num quadro negro e um recado imaginário onde se lê “Já é hora de dormir”.


Francisco Libânio,

27/03/10, 11:16 PM


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