quarta-feira, 12 de agosto de 2009

40 - Escrevendo, não faço do que escrevo


Extraído de https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhXuOkaszEr-lGkRjE9Sx0eRvzsmA8P32VjGkSQeXcMFPxNuwCf6l-FP6nYEF7woS2KDDRtggmnAJyA6I4ytx7MWaAH7IDemBn3kC8Ss-IIW1RwGnLAywmtif3zlK0TGj6wCj2tZRQpEDQ/s400/Poesia.jpg

Escrevendo, não faço do que escrevo
Protestos ou discursos inflamados.
Aos males do mundo dou relevo,
Mas eles não serão solucionados

Por um soneto meu que proteste
Ou por uma rima atrás de justiça.
Sim, o homem é do mundo a peste,
Mas não cabe ao meu verso a liça

Da cura. Meu verso é o perdigueiro
Atento a procurar a caça e se a acha,
Corre até ela, cerca-a e só a aponta.

Resolver os males cabe ao primeiro
Responsável, povo, coroa ou faixa
Como a caça é do caçador, sua conta.

Francisco Libânio,
24/06/09, 9:32 AM

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