segunda-feira, 26 de abril de 2010

Farol


O que és, olhos dos mares, guias dos cegos
Pelos nevoeiros, que não uma representação
De santas almas que tomam outros pela mão
E exercem pelo bem o melhor dos empregos?

Tu, inanimado, ereto, passivo cumpre função
De guiar o alheio e nisso prescindes de egos,
De pagas, de louros. Apenas fazes com apegos
E cuidados o que te mandaria um coração

Se coração tivesses, ó farol, a iluminar recantos
Difíceis porque sabes o quanto tem de valor
Tudo o que o infortúnio tenta do bem desviar

Mas em meio a um mar em fúria e aos prantos
De chuvas, conduzes, crês no que há de melhor
E, como os abnegados, por isso lutas a preservar.

Francisco Libânio,
26/04/10, 7:46 PM


Extraído de https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgaYF73pkS6PsK_UCkTY8A3nBXswIqGWzeY-vV9cXeOK3hLkd7SCIRyxttX9NMd4JqBcnMV-EgFgKOXz90CKjRsV1pp7-ZXXIztrAxTbT-VKC4_TAG0q1xSPrVvkISFFEhbYWQGxHCYnDg/s320/farol.jpg

Um comentário:

Emilene Lopes disse...

Belo Soneto Francisco...

Bjs

Mila