terça-feira, 6 de abril de 2010

Aquela mulher de tanta morenice, deitada,


Aquela mulher de tanta morenice, deitada,
Era uma pintura de Botero ou renascentista,
Formas fartas, a modelo, ao normal imprevista,
Mais parece uma estátua esbelta e ornada

Com lençóis brancos, um cuidado que o artista
Teve em cobrir a nudez opulenta e amorenada
Cujo contraste com a alvura a faz melhor acabada
E eu que a contemplo, que presente para a vista,

Que sono invejável o seu e que paz a que inspira...
Ah, mulher, que formosura o teu tom café com leite
Com estes lençóis a te envolver, oh, minha inveja,

Pecado que arde em mim, que agora sou uma pira
A queimar esperando o convite que eu me deite,
Consumindo-me neste calor que tanto a deseja.

Francisco Libânio,
06/04/10, 12:35 AM


Foto extraída de http://us.123rf.com/400wm/400/400/frantysek/frantysek0803/frantysek080300076/2632819.jpg

3 comentários:

Adriana disse...

lindo,,, doce ,,, e sencivel... amei.

Emilene Lopes disse...

Linda poesia!
perfeita...
bj
Mila

Anônimo disse...

Sim vc escreve muito bem, a s palavras fluem dizem muitas coisas... so fiquei com um pouquinho de ciumes