sábado, 12 de dezembro de 2009

Soneto da Maldade


Extraído de https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIt1DAlc_Fn7qDgBQ02YpbT1N83G08UE3s8G9RY6-lzaBxAV3u8A27cvuQbP5MvLNUYySJw-gXOzRrsiBTf26FWPoiUZ8EDN8VdHenMTLiQNzMb6ZLpIUIX4Hhp_ZPV47KFApj4nF2KuYO/s400/olhos.JPG

Ela é quem abastece os peitos dos elementos
A quem pouco ou nada custa a desventura
Alheia desde que seja só deles a brancura
Dos sucessos e cantá-los aos quatro ventos

É ela quem provoca o pior rebaixamento,
Aquele que ajusta os outros iguais a mais pura
Condição de coisa ou rival e conjectura
Contra eles para superá-los o mais odiento

Ardil. É ela, a quem estes chamam chance
E os outros chamam maldade, a pior doença
Que leva o doente à mais vil performance

Filha legítima do egoísmo com a inveja,
Mãe de várias vendetas e da desavença,
Ela contamina de si a boca que lhe beija.

Francisco Libânio,
12/12/09, 11:26 AM

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