terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Maria Baiana



Maria Baiana, de pele trigueira,
De rosto torrado de sol do sertão
E mãos calejadas na lida da vida
Ainda é bonita, ainda é faceira
Quando descansa do seu facão,
Quando faz a filha nova dormida
E o filho mais velho ganha cheiro,
Ela se deita com o marido cansado
Escuta o lamento do ganho atrasado,
Da vida difícil e do pouco dinheiro
E então beija o homem com ternura
Dias melhores virão, ela tem certeza,
E o aconselha a aproveitar da noite a leveza
Para compensar o dia e sua mão dura.

Francisco Libânio,
22/12/09, 9:35 PM

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