segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

A mulher passante


Extraído de http://www.danheller.com/images/Europe/Hungary/Budapest/People/Women/woman-walking-by-bus-bw-1-big.jpg


Vem a mulher passante. Ela me desconhece.
Também eu nunca a vi em minha vida
Nem em outras e ainda que eu a tivesse
Visto, ela me é nova e, agora, a melhor pedida

Para preencher esta hora. Vai despercebida
Do poeta que a observa. Ela nem se envaidece
Nem se irrita nem nada por ser assim seguida
Por meu olhar. Logo, logo, ela se desaparece

Assim como veio. Deixou apenas sua presença
E aquele conhecimento de um breve instante
Sem se apresentar o nome, mas foi tão intensa

Tal aparição em minha vida fazendo completo
Meu momento e sendo breve acompanhante
Sem saber e se eternizando neste meu soneto.

Francisco Libânio,
21/08/09, 11:01 PM

Um comentário:

Carol Sakurá disse...

Olá!
Primeira vez por aqui.
Vi seu link no "pintando música".
A musa é a menina dos olhos do poeta.
Belo soneto!

Abs!

Carol Sakurá