
Uma voz fala baixo quando meu desespero
Toma conta de mim, mas ela não é ouvida.
Sem se transtornar, ela se cala com a devida
Paciência e sapiência. Calada, com esmero,
Ela ouve sem falar, fica quietinha, escondida
Enquanto eu, atribulado, choro e vocifero
Até que me canso e ela, num ato sincero
E sábio, toma a palavra em minha alma doída
E fala branda, confortante igual a uma brisa,
Enche-me de ânimo e mostra o que há de bom
Na vida além de apontar no horizonte uma bonita
Paisagem. É ela quem me fala clara e precisa
E se apresenta à minha vista e em tímido som:
“Sou Deus, deixa-me cuidar da tua alma aflita!”
Francisco Libânio,
28/05/10, 8:19 PM
Foto extraída de http://shannondavidwooten.files.wordpress.com/2009/04/prayerarms-open-to-sky.jpg
Um comentário:
Lindo soneto, bastante profundo.
Deus sem nos dá livrio liberdade.
Bjs
Mila
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