
Este ventre coberto por tão esbelta
Forma sequer sabe o poder que tem
Nem o do rio que num lindo delta
Desaguará nele a semente e o pólen
Este ventre, confortável acomodação
De quem plantou será segura moradia
De farto aconchego, paz e alimentação
Saudável até chegar o esperado dia
Em que o rio, em refluxo, irá restituir
Com juros a oferenda a ele entregue
E até que ela pelo mesmo rio chegue
O ventre perderá a beleza outrora atrativa,
Mas guardará uma carne nova e viva,
Carne em que se confia o melhor porvir.
Francisco Libânio,
15/05/10, 11:18 PM
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