
É como se cada trança tua fosse uma serpente
E como se fosses uma Medusa com o teu olhar,
Mas ao oposto da Górgona, mirar-te de repente
Petrifica, mas não amaldiçoa, e sim faz apaixonar
E quem te admira, encanta-se e logo vai brincar
Com tuas tranças. A mão, ávida, toca-as rente
De tua cabeça que se graceja a inspira a acariciar
Também quem acaricia. Faz-se troca freqüente
De carinhos em tuas serpentes negras e doces
Que não picam nem matam, mas tem seu feitiço
Mais fundo deixando vulnerável a vítima delas
Que se entregam a ela tomando-a. Feitas as posses,
Tu, medusa retinta, abraça teu homem castiço
E envolve-o com as tranças e ele ama estar nelas.
Francisco Libânio,
13/05/10, 3:26 PM
Nenhum comentário:
Postar um comentário