domingo, 15 de agosto de 2010

Soneto para minha Ansiedade


Aquieta-te, minha rebelde Ansiedade,
Não grites que – já disse – não há ouvidos
Para ti, para tua euforia ou teus gemidos,
Para tua mentira ou para tua verdade

Põe-te no teu lugar em meus sentidos
E fica lá quieta, pois tua celeridade
Não ajuda e teu vagar vira maldade
Mais venenosa que teus horrendos ruídos

Acalma-te, Ansiedade, que o que queres,
Sei muito bem e será teu fim infalível
E é o fim merecido para todos os seres

Como tu. Logo chegará meu grande Amor,
Então morrerás e te mostrarás sensível
Dando espaço a algo que ti bem melhor.

Francisco Libânio,
15/08/10, 12:25 AM

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