quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

Soneto da Quarta-feira de cinzas


Calem-se os foliões, não há mais carnaval,
Porta estandarte nem alegrias. Nada.
Cessam sambas e assim, gradual,
Volta a vida à sua velha e triste toada

Aposentaram-se as fantasias e cada
Um dos instrumentos dá o acorde final
E não se ouvirá na avenida a batucada,
Mas verás o trânsito ao abrir o sinal.

Passará assim a evolução das horas,
Horários, compromissos e agoras
Que serão cumpridos sem interrupções

Quarta de cinzas... Acabaram carnaval e canções,
Almas vestem todas suas fantasias
Cotidianas no aguardo dos quatro dias.

Francisco Libânio
06/02/08
9:31 AM

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