quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008
01 - 08-02-08
Escrevo versos porque não sei falar
Em púlpito, em palanque nem em rodas
De amigos. E a perder-se em todas
As conversas foi que preferi entoar
Versos quietos no papel silencioso
Com a tinta fazendo a tradução
Do que eu diria para a transcrição
De idéias que, ditas, põem-me nervoso.
Se sou poeta, agradeço à timidez
Que me ensinou ver poesias em dias
Em que a voz seria superficial
Assim, a boca passa à mão a vez
Quando a beleza, o pranto e as alegrias
Precisam vir ao mundo de forma natural.
Francisco Libânio
08/02/08
6:26 AM
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