
Todo dia eu a queria de um jeito diferente
Como se em cada diferença ela não fosse,
Mas fosse outra, ora mais austera ora doce
E ela deixava de sê-la e havia entre a gente
Uma terceira pessoa a temperar nosso amor
Terceira pessoa sem segunda já que não era
A minha que estava lá, e, sim, uma quimera
A cada vez que amávamos vivendo em ardor
A fantasia, a terceira pessoa sempre interpretada,
Até que a segunda pessoa, a mulher amada,
Cansou de estar em três sem que ela existisse
E se foi para sempre. Pobre de mim em tal tolice
De ter sempre outra perdi a mulher que eu tinha
Enquanto amava outras ao tempo que fazia a minha.
Francisco Libânio,
04/06/10, 11:55 PM
Extraído de http://obed.zip.net/images/desespero2.jpg
Um comentário:
Me fez pensar meu caro, pior seria s etodo dia quisesse igual? Eu não sei, não sei. ABraços
http://poesiafotocritica.blogspot.com/
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