Quando minha ideia acha o luxurioso, ela se deixa.
É ideia nova. Pois que me traga!
Sempre boa é a ideia que chega.
A gente a toma e de já se abnega
A trabalhá-la ainda que seja vaga,
Deixe que ela cumpra sua saga.
Não será nada fácil essa refrega!
Mas a ideia ajuda e só sossega
Quando se acaba e não estraga
O verso. E se essa ideia der liga
Com a malícia, o negócio periga
Gozar, e muito, dentro da toga.
Se a ideia com malícia se conjuga,
O poeta escreve, a outra o suga
E qualquer pudor logo se revoga.
Francisco Libânio
09/04/13, 7:07 PM
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