Deixa vir.
Para escrever uma ideia basta,
Um fósforo, jogá-lo ao rastilho,
Deixar que ela siga o seu trilho,
Ver que junto a isso se arrasta
Um soneto na passagem gasta
De pólvora poética. Há o brilho
Surpreendente e até seu gatilho
Final mais tal soneto contrasta
Com a ideia ainda não tomada.
E até chegar lá e ser detonada,
O soneto chamuscado aparece.
A ideia chegou até o seu intento,
O soneto encontrou seu assento
E o poeta de nada se envaidece.
Francisco Libânio,
24/04/13, 11:30 AM
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