qual é a sua, afinal?
A moça aqui comigo nesta sala
De espera sente o calor e apela.
Tira o tailleur e acerca da janela.
Diria Noel. muito pensa, nada fala.
Na hora, um desejo vem e instala.
Despi-la, devorá-la, fazer com ela
Tanta coisa feia e tanta tarantela,
Mas nesse momento o olhar estala.
Olhares se encontram, um vacila.
É o meu, tímido. O outro me fuzila
Olhando fundo dando, e não, bola.
Há nela uma expressão tanto fula
O olhar ora provoca ora dissimula,
Ora xinga a mãe ora quer uma rola.
Francisco Libânio,
11/04/13, 5:07 PM
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