quinta-feira, 29 de novembro de 2012

654 - Soneto em tempo

O cara atropela sua ideia falando mais alto e falando bobagem...


Não é que eu odeie nem deteste
A discordância nem sou o radical
Que me pintam. Nem quero o mal
Para quem contrário se manifeste

Ao que eu penso ou me conteste.
Posso bem estar errado, que tal?
Reconheço, revejo e segue igual
A vida. Certeza demais é a peste

Que mata passando por perfeição,
Mas quem contraria por discussão,
Por amor a ganhar sem argumento

Uso o último terceto e serei breve
Usando um recurso sintético e leve,
Vou apenas chamá-lo de jumento.

Francisco Libânio,
29/11/12, 8:19 PM

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