domingo, 18 de novembro de 2012

621 - Soneto permissivo

Se ela me desse essa liberdade, ia adorar.


Se eu pudesse, no meu soneto,
Como na mulher que tenho ideal,
Ter liberdade para qualquer mal
A quadra seria luxúria, o terceto,

Só desrespeito. Zoaria o coreto
Como com o par o prazer carnal
Seria comum, além do passional
Fugindo do que se dá por correto.

Eu imoral? Não. Fantasioso talvez...
A alegoria da mulher com a avidez
Irrefreável assusta, mas me anima

A escrever com a rédea mais solta
No papel, essa mulher está envolta
Em meus braços e aqui me sublima.

Francisco Libânio,
18/11/12, 7:46 PM

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