sexta-feira, 16 de novembro de 2012

615 - Soneto debaixo d' água

É quase a mesma coisa.


Ela disse que se eu a levasse
À uma cachoeira à noite, a lua,
Além de mim, a veria toda nua
E, provável, a gente transasse.

Ou poderia ser de dia. Impasse
Resolvível. Nada que obstrua
Desejos. Logo meu desejo atua,
Só bastava que eu achasse

Uma cachoeira, mas aqui? Onde?
A natureza aqui oferece fronde,
Verde, morro, mas nada da tal

Cachoeira. Parti para dado ardil
Que me levou àquele corpanzil,
Um motel com cachoeira artificial.

Francisco Libânio,
16/11/12, 9:11 PM

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