sexta-feira, 9 de novembro de 2012

594 - Soneto de uma beleza passageira

Tão lindos...


Uma mulher em silêncio me observa,
Não sei o nome dela nem ela me diz
Vejo nela uma brancura digna de giz,
Há uma postura com alguma reserva

Mas o decote generoso não preserva
Da vista o vão que forma a bissetriz
Dos seios. Olho como quem bendiz,
Espero raiva, mas ela não se enerva,

Ao contrário, vem em minha direção
Abre a boca. Aguardo a linda dicção
Dessa deusa que é tão encantadora

Ela fala, me pergunta sobre dada rua,
Digo, me agradece com graça só sua,
Pega seu decote e com ele vai embora.

Francisco Libânio,
09/11/12, 8:55 PM

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