Não é decassílabo, mas é soneto, tá, Camões?
Ao sonetear sem métrica me vejo,
Às vezes, pecando contra a regra
Prima do soneto. Será que integra
O galardão dos poetas que invejo?
Meu soneto tem esse bom desejo
De ser reconhecido, mas se alegra
Também em compor a lista negra
Dos alternativos. Seja por gracejo,
O soneto foge das conveniências,
Seja por culpa, cobra excelências
E continua lá seguindo o seu trilho,
Meu soneto se orgulha do peculiar,
Mas terminado e sem se metrificar
Ele me pede para ajoelhar no milho.
Francisco Libânio,
30/10/12, 7:47 PM
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