quinta-feira, 25 de outubro de 2012

550 - Soneto maravilhado com o nada

Há alguma poesia e beleza nesse espaço. Basta querer ver.


Olho o horizonte, vejo beleza?
Não. Há um muro após a janela,
Mas a beleza vence tal mazela
Física e foca na breve sutileza

Que, despercebida, é surpresa.
A vista constrói no muro a bela
Paisagem e só ela pode vê-la.
Quem tenta ver também, enviesa

O olhar, procura que procura
O que tanto admira na secura
De um muro só de cal e vazio.

A paisagem como este soneto
Encanta mesmo com completo
Nada. Há beleza no desvario.

Francisco Libânio,
25/10/12, 7:37 P

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