Um soneto sorridente, que tal?
Se e preciso que sigamos em frente,
Se a cana é dura, essa mesma cana
É doce. Sejamos, pois, uma Poliana,
Façamos sempre o jogo do contente,
O soneto deixa que nele se enfrente
A vida difícil. Forma de carraspana,
Ali se dá à dificuldade uma banana,
Renova-se a fé e vive alegremente,
Fuga? Talvez. É um tipo de vício,
Flerte com a liberdade ou indício
De loucura ou é um mero gosto,
Sei que quando a vida é amarga,
Há quem escreva e faça descarga
De tudo e põe um sorriso no rosto.
Francisco Libânio,
14/10/12, 8:51 AM
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