quinta-feira, 25 de outubro de 2012

547 - Soneto empolado

Cadê as palavras difíceis que estavam aqui? Não preciso delas.


Dizer cheio de rebuscamentos,
Dar alvíssaras, prestar louvores,
Compor outra Rosa... Aos doutores
Deixo tais belos entendimentos.

Claro que tive meus momentos
De erudições, alguns melhores
Outros não. Mas leio escritores
Que desfiam bem sentimentos

Sem convênio com dicionários
Nem salamaleques doutrinários,
Escrevem lindamente e, diretos,

Chegam onde precisam chegar.
A simplicidade e, se precisar,
A galhofa viverão nos sonetos.

Francisco Libânio,
25/10/12, 11:58 AM

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