terça-feira, 5 de junho de 2012

0182 - Soneto para a Bebete de Jorge Benjor


Certo que a hora ia longe, já, já o galo
Cantaria, o sol raiaria, mas caramba!
Tava tão bom o negócio lá no samba
Ainda cheio de gente e o som no talo

Que nem dava pra parar com o embalo
Da moça cheia de gás e já toda bamba
De sambar, mas como não descamba
Do salto, ela não para nem faz intervalo

Azar do marido que ficava lá esperando,
Olho no relógio, doido pra saber quando
A esposa ia embora, vendo as represálias

Do gerente que já não era lá seu amigo,
Pensando no filho com fome e no perigo
Em casa não comprasse novas sandálias.

Francisco Libânio,
05/06/12, 9:06 PM

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