domingo, 24 de junho de 2012

0252 - Soneto Aeroviário


Não que eu tenha medo de altura,
Sinta enjoos, sofra de vertigem,
Os céus, na verdade, até erigem
Minha adrenalina e minha loucura,

Mas viajar de avião... Seria uma ruptura.
Nunca estive em um, mas transigem
Meus princípios, eu que, de origem,
Sou do chão, sou da terra fria e dura,

Voaria, sim, sem nenhuma objeção,
Daria a chance à moderna aviação,
Mas desde o chão já dela eu duvido

Claro, só ele para as intercontinentais
Idas, mas cadê paisagens naturais?
Só de ver nuvem, já viajo aborrecido.

Francisco Libânio,
24/03/12, 12:16 PM

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