Se é funk ou se é rap pouco importa,
São o que o samba era de antanho,
A voz do morro, da rua, era o assanho
De cultura dos que não viam a porta
Da escola. É a voz que nos reporta
O dia-a-dia, a violência sem tamanho,
A crueza, mundo por demais estranho
À gente alheia à realidade e absorta
Com seus happenings e seus saraus
E não permitem neles os de degraus
Abaixo. Preserva-se pura e impoluta
A arte refinada e acham vanguarda
Quando um dos seus simula a parda
Ou preta arte bradando filho da puta!
Francisco Libânio,
15/06/12, 8:58 PM
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