Como se não bastasse ter um eu feminino
Completo e sensível, porque só uma mulher
Diria tudo o que ele disse ou ainda entender
O que há dentro delas, ele ainda foi cristalino
Ao decifrar o amor e ilustrar o desejo fescenino
Que uma mulher sentia por outra, esse prazer,
À época proibido, da que buscava se entreter
Nos braços da amante num delicioso desatino
E deixa-las ceder à tentação das bocas cruas
Mergulhando no poço escuro que é só das duas...
Quando um homem diria assim tão poético
Do fogo diferente do homem que é das mulheres?
Eis Bárbara, viúva apaixonante e de prazeres
Descrita plenamente de modo discreto e sintético.
Francisco Libânio,
03/06/12, 1:23 PM
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