quinta-feira, 28 de junho de 2012

0271 - Soneto sem mouse


À minha mãe o mouse empresto
Coisa de filho, é a hora sagrada
Da sua paciência, de dar zanzada
Pela Net. Uma noite. Será presto.

Porém é sem o mouse que atesto:
Sem ele sou uma besta quadrada,
Mão dura, pouquíssimo habilitada
Para esse imprestável e indigesto

Mouse embutido do meu notebook,
Apanho para fazer assim, no muque,
Qualquer coisa, até mesmo escrever.

O mouse, admito, era uma extensão
Minha e vejo isso ao pôr minha mão
No pad e um vazio arrastar e mover.

Francisco Libânio,
28/06/12, 8:47 PM

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