Por não se dar com essa gente,
O Poeta guarda lá um segredo
Que põe num soneto por medo
Da maldita curiosidade insistente,
No armário ele está absolutamente
Seguro, protegido do arremedo
Possível. É lido sempre, de cedo
À noite. Está lá toda uma mente.
Um dia, por descuido do Poeta,
O soneto do armário tira uma reta
E se desenha danosa revelação
Ele plana meigo qual purpurina
Com a receita de rosca natalina
Da família. Ela voa e vai ao chão.
Francisco Libânio,
19/06/12, 9:33 PM
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