Como tinha a função de conforto
E do mais revigorante descanso,
A cadeira, em qual agora afianço
Minha canseira, tem um pé torto
E disso a acuso. Pensa, eu exorto
Que suporte o peso ou eu danço
Num tombo feio e em tom manso,
Ela responde: Se eu já te suporto
Gordo como estás, e não de agora,
Meu pé torto também se estertora
Há algum tempo. Cadê providência?
Como eu, ela também tem sua razão.
Mas impossibilitado da substituição,
Ouço calado a malcriada indolência.
Francisco Libânio,
18/08/14, 12:18 PM
Nenhum comentário:
Postar um comentário