Empostada e abarrotada, a estante,
Gaba-se dos livros de todo o saber
Deles que, crê, abastece quem os ler
E a ela. E isso a faz tão arrogante
Que na casa, já se fala o bastante
Sobre a soberba dela. Se descer
Do salto e deixasse o falso poder
Que tem ela não seria a ignorante
Que ela acha que porventura seria.
Os livros passam saber e poesia,
Sabedoria enfim. Mas ela, absorta
Na sua pretensa e falsíssima cultura,
Mantém-se tão oca e cabeça dura
Que sua estupidez ofusca a porta.
Francisco Libânio,
17/08/14, 10:17 AM
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