Não sou porco, não sou indiano, não sou namorada de ninguém. Me deixem!
O porquinho-da-índia, que esquisito,
Nem vinha da Índia e nem era suíno.
Marca fantasia de engano, desatino,
Mas assim estava seu nome escrito
Mudar era inútil, diria quase proscrito.
Biologia e geografia em erro cretino!
Em vez de hindu, o bicho era andino
E era um roedor, um rato mais bonito,
Não um porco de rabinho enrolado.
Mas o nome pegou, fica esse fado
De ser o que não é, grande bobeira.
Pior ainda era ser visto, por quem lia,
Namorada, mesmo que numa poesia,
Ainda que fosse do Manuel Bandeira.
Francisco Libânio,
06/04/14, 7:32 PM
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